Compartilho Nota de Pesar emitida pela LVJ - Legião das Vanguardas das Juventudes sobre o ocorrido a duas semanas em Castelo do Piauí.
NOTA DE PESAR
A LVJ – Legião das Vanguardas das Juventudes vem através dessa nota de
pesar se solidarizar a família da jovem que teve óbito neste domingo, uma das
vítimas do episódio ocorrido a duas semanas em Castelo do Piauí (Território dos
Carnaúbais). E com as demais famílias das meninas violentadas e com todos os
moradores desta cidade que assim como nós estão perplexos com os atos de
violência. O ocorrido em Castelo do Piauí que envolveu adolescentes
acompanhados por um adulto, que é sabido, seria o mentor do crime, todavia,
reacendeu a discussão sobre a redução da maioridade penal no Brasil.
Reiteramos que o fatídico episódio não deva ser o medidor para ações que
fortaleçam a redução da maioridade penal, como solução imediata para que se
coíba a violência praticada por adolescentes. Pedimos que seja realizada uma
revisão e alteração no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que em seu
modo de responsabilizar os adolescentes, propomos uma majoração na medida
socioeducativa de internação, indo de 3 anos para 5 anos, somente nos atos
infracionais que estivessem tipificados na Lei de Crimes Hediondos, para que
casos como esse não tornem a se repetir em nosso Estado e em nosso País.
Precisamos dialogar com a sociedade, apresentar propostas de reformulação
do ECA, como também avançar no combate aos fatores que levam a pratica de
crimes pelos adolescentes. Não podemos aceitar que a representação política
aprove uma proposta de redução da maioridade penal, tendo em vista que somente
1% dos crimes são praticados por adolescentes, isso em nada irá reduzir a
violência.
Reduzindo a maioridade penal estamos condenando CRIANÇAS cada vez mais
novas entrarem no crime e com isso produziremos muito mais meninos iguais aos
que cometeram essa barbárie em Castelo do Piauí. Sabemos que a comoção que
esses tristes casos trazem a sociedade brasileira-inclusive a nós da LVJ, porém
precisamos perceber além e compreender que existem mais que 4 vitimas. É
necessário conhecer de fato quem são e de como vivem ou sobrevivem esses jovens
(meninos e meninas), vítimas de uma desigualdade de oportunidades que o Estado
brasileiro. Encerramos enviando nossos pêsames a família que perdeu
precocemente uma jovem e desejamos melhoras as outras que estão internadas.
Continuaremos na luta em busca de uma sociedade mais justa, igualitária e
inclusiva para nossos jovens.
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